Degustação na Bodega Septima
Aproveitando a nossa breve passagem por Mendoza, fechamos um “pacote” com o responsável da pousada onde ficamos hospedados para ele nos levar de carro para conhecer 3 vinícolas (ou “bodegas”) em Luján de Cuyo: a Bodega Benegas-Lynch, a Bodega Septima, e a Nieto Senetiner (com almoço incluso).
O cronograma foi perfeito, pois acredito que mais do que isso acho que ficaria muito corrido; e ainda, considerando as degustações, poderia não ter sido tão proveitoso.
Localizado a aproximadamente 30 minutos de carro de Mendoza, na região centro-oeste da Argentina, encontra-se o departamento Luján de Cuyo, também conhecido como a “Terra do Malbec”. A região, apesar de ter tido a primeira produção de Malbec no país, também cultiva diversas outras uvas que são responsáveis pela produção de excelentes vinhos, como: Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Sobre a Bodega Septima
Em dezembro de 1999, o grupo espanhol Codorníu (grande fabricante de espumantes espanhóis na Catalunya) comprou 306 hectares de vinhedos em Luján de Cuyo, província localizada ao sul de Mendoza. Em julho de 2000, a Bodega Septima começou então a ser construída.
O nome Septima tem diversos significados e motivos: ela é a sétima bodega do grupo; o número sete é o considerado de sorte na cultura latina; é um nome de fácil pronúncia; e além de tudo, representa o sétimo dia da semana, ou seja, dia do repouso e do descanso.
Ao contrário das outras duas vinícolas que visitamos, ela é muito tecnológica, apresenta uma arquitetura mais contemporânea, e tem uma adega enorme de 5.500 m² com capacidade para 3 milhões de garrafas de vinhos e espumantes. Bom, não é atoa que ela é uma das 20 maiores exportadoras das Argentina.
Seu belo edifício é obra do estúdio de arquitetura Bormida & Yanzon, especialista na construção de vinícolas; e foi, no entanto, inspirado na “pirca“- sistema usado para construir muros e paredes pelos nativos Huarpes, o qual consiste em empilhar pedras naturais umas sobre as outras. Já os pisos foram originados pela decomposição e fragmentação de rochas e minerais dos Andes, que foram transportados e depositados com o tempo.
Produção dos vinhos
A Septima conta com mais de 150 ha de vinhas plantadas. A água utilizada no sistema de irrigação desta enorme área, porém, é proveniente de três poços locais de 240 m de profundidade; enquanto que o método de irrigação se dá através da técnica de gotejamento.
A seleção dos grãos e a produção dos vinhos em salas de barricada e fermentação em tanques de aço inoxidável, fazem com que os rótulos da Bodega Septima sejam considerados os Best Values de cada categoria; se destacando assim sobre os demais pela melhor relação preço/qualidade.
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Toda a produção tem controle automático de umidade e temperatura. Dessa forma, quando necessário, sabem quando aplicar técnicas específicas para garantir a qualidade do produto e a intensificação do sabor.
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Degustação na Bodega Septima
Nesta visita provamos um espumante e três vinhos:
– María Codorníu Sur;
– Septima Cabernet Sauvignon 2012;
– Septima Obra Malbec 2011; e
– Septima Gran Reserva 2013.
Gostamos muito dos vinhos que conhecemos durante a degustação na Bodega Septima.
O María Codorníu Sur é um espumante elaborado pelo método tradicional, cuja composição é de 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir. Delicioso, bem frutado e refrescante, é uma ótima pedida para acompanhar saladas e pescados. Ele é considerado por muitos como um dos melhores espumantes da Argentina.
O Septima Cabernet Sauvignon 2012, da linha varietal, é um elegante e suave Cabernet Sauvignon, que pode ser harmonizado com carnes de churrasco, massas com molhos consistentes e queijos fortes, por exemplo.
O Septima Obra Malbec 2011, por sua vez, é bem agradável, equilibrado, com taninos suaves, que pode ser harmonizado com carnes vermelhas assadas ou grelhadas, lasanha de carne, berinjela ou tortas de legumes, e queijos de média cura, por exemplo.
Já o Septima Gran Reserva Malbec 2013 é um vinho mais elaborado tendo como base a seleção dos melhores vinhos do ano. No começo é doce, mas apresenta um final mais prolongado. Cor vermelho intenso, bem encorpado e taninos maduros.
Apesar de muito conhecida pela produção dos maravilhosos espumantes, a Bodega Septima também tem bons rótulos de vinhos tintos e brancos.
Como destaque tem-se o Septima Gran Reserva 10 Barricas Cabernet Sauvignon 2010. Uma edição limitada de apenas 2.640 garrafas, com passagem de 24 meses por barricas francesas e americanas novas. Este, infelizmente, não tivemos o prazer de provar.
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Restaurante
No último andar da Bodega encontra-se ainda o “Maria Restaurant”. Com pratos locais e uma parede toda envidraçada tem-se, a partir do restaurante, uma vista privilegiada da Cordilheira dos Andes, de onde se pode enxergar o imenso vinhedo que se estende ao redor da vinícola. Vale lembrar que quem for fazer degustação na Bodega Septima pode ainda almoçar por lá, mas desde que tenha feito a reserva antecipadamente.
Para valorizar ainda mais esta vista, a Septima ofecere também como diferencial o programa “Atardeceres” ; ou seja, visitas no final da tarde, para que os visitantes possam curtir e apreciar o pôr do Sol nas montanhas da Cordilheira dos Andes.
Dica rápida
Durante o verão é possível ter uma experiência diferente: visitar a Bodega Septima de bicicleta. Assim, além de passear pelos vinhedos, e conhecer a história e a produção dos vinhos da Septima, os visitantes podem também aproveitar as lindas paisagens de Mendoza.
Os passeios guiados acontecem de segunda à sexta-feira, às 10h00, e incluem a degustação de três vinhos.
Mais informações
Endereço: Ruta Internacional, nº 7, Km 1061, Agrelo Luján de Cuyo, Mendoza, Argentina
Página oficial. Telefone: +54 261 498-9558.
E-mail: septimaturismo@codorniu.com
NOSSA AVALIAÇÃO:
Acesso: ⭐⭐⭐
Estrutura: ⭐⭐⭐⭐⭐
Atendimento: ⭐⭐⭐⭐
Qualidade/Menu: ⭐⭐⭐⭐⭐
Preço: 💰💰💰
Adoro visitar vinícolas! Ainda não fui pra região de Mendoza, mas está em meus planos para o próximo ano. Já deixei anotado essa bodega e o vinho Septima Cabernet Sauvignon, hmmmm que delícia! Septima me aguarde…… rsrsrs Obrigado por compartilhar.
Adorei a dica. Gosto quando a vinícola oferece degustação de um espumante junto, sou fã da bebida e sempre bom conhecer as novidades.
Delícia de passeio para curtir em casal, com degustação e lindas paisagens. Penso que é algo bem romântico pra se fazer , além de ser relaxante. Essa região da Argentina parece ser muito agradável.
Muito legal o passeio! Passamos por Mendoza quando fomos ao Chile de carro, porém não visitamos as vinícolas.
Em outra oportunidade visitamos 3 vinícolas em sequência, em Garibaldi, na Serra Gaúcha, saímos da última, já bem tontinhos!
Que delícia de passeio, o dono do hostel deve ser dessas pessoas abençoadas que nasceram para trabalhar com turistas.
E como a produção vinícola foi elevada a um patamar tecnológico, né? Perde um pouco do encanto tradicional mas, por outro lado, os resultados são melhores.
P.S. na cultura chinesa, o sete está ligado aos ciclos lunares femininos. Interessante, não acha?