Vacinas para viajar para o exterior: orientações e doenças

Vacinas para viajar para o exterior: orientações e doenças

Saúde
Vacinas para viajar para o exterior

Planejar uma viagem envolve muito mais que decidir o seu destino e comprar as passagens. Eu particularmente adoro (quase) todas as etapas, desde organizar roteiros, pesquisar sobre o destino, reservar hospedagens e passagens aéreas, até organizar as malas, separar os documentos, etc. Porém, devemos ficar atentos para as possíveis doenças existentes no local a ser visitado e nos prevenirmos da melhor forma possível. Por isso mesmo é muito importante que nossas vacinas estejam em dia.

Neste post você encontrará uma lista (enorme) dos países que exigem vacinas contra algumas das principais doenças existentes atualmente, bem como orientações sobre causa/sintoma e riscos das enfermidades.

Saúde do Viajante: principais doenças e orientações
Malária

Doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium.

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma. Se você apresentar esses sintomas até 6 meses após seu retorno, mesmo que tenha realizado quimioprofilaxia, informe o profissional de saúde acerca do roteiro de sua viagem.

Para se proteger utilize habitações com proteção contra o mosquito, como ar-condicionado e telas de proteção nas portas e janelas, e use mosquiteiro; utilize roupas que protejam contra picadas de insetos, como mangas compridas, calças e sapatos fechados; utilize repelentes.

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São grupos de risco para formas graves da doença: não residentes em área com transmissão de malária; criança menor de 5 anos, gestante, idoso; esplenectomizado ou portadoras de HIV/AIDS, neoplasia ou transplantado; permanência superior a 7 dias e inferior a 6 meses no local; local situado em altitude inferior a 1.000 m; viagem próxima ao término ou ao final da estação chuvosa; se for dormir ao ar livre, em acampamentos barcos ou em habitações precárias sem proteção contra o mosquito; e se no local não houver acesso a serviços de saúde em menos de 24 horas.

Caso você atenda uma ou mais das situações de risco listadas acima procure um profissional de saúde para avaliar quimioprofilaxia mais indicada para você.

É recomendado dose de reforço da vacina para os seguintes países: Afeganistão – África do Sul – Angola – Arabia Saudita – Argélia – Argentina – Armênia – Azerbaidjão – Bahamas – Bangladesh – Belize – Benim – Bolívia – Botswana – Brasil – Burkina Faso – Burundi – Butão – Cabo Verde – Camarões – Camboja – Chade – China – Colômbia – Coreia do Sul – Coreia do Norte – Costa do Marfim – Costa Rica – Djibouti – Egito – El Salvador – Equador – Eritreia – Etiópia –Filipinas – Gabão – Gâmbia – Gana – Geórgia – Grécia – Guatemala – Guiana – Guiana Francesa – Guiné – Guiné Equatorial – Guiné-Bissau – Haiti – Honduras – Iêmen – Ilhas Salomão – Índia – Indonésia – Irã – Iraque – Jamaica – Laos – Libéria – Madagascar – Malásia – Malawi – Mali – Mauritânia – Mayotte – México – Moçambique – Myanmar – Namíbia – Nepal – Nicarágua – Níger – Nigéria – Panamá – Papua-Nova Guiné – Paquistão – Paraguai – Peru – Quênia – Quirguistão – República Centro-Africana – República Democrática do Congo – República do Congo – República Dominicana – Ruanda – Rússia – São Tomé e Príncipe – Senegal – Serra Leoa – Singapura – Somália – Sri Lanka – Suazilândia – Sudão – Suriname – Tadjiquistão – Tailândia – Tanzânia – Timor-Leste – Togo – Turquemenistão – Turquia – Uganda – Uzbequistão – Vanuatu – Venezuela – Vietnã – Zâmbia – Zimbábue.

Febre do Zika

O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti, que foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do A. aegypti, no entanto, outras possíveis formas de transmissão precisam ser avaliadas com mais profundidade. Não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leite materno, urina, saliva e sêmen.

Para prevenir-se da Febre do Zika recomenda-se o uso de roupas que protejam contra picadas de insetos, como mangas compridas, calças e sapatos fechados; e a aplicação de repelente à base de DEET (N-N-Dietilmetatoluamida) nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica e entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia. Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.

Cuidados:

– Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.

– Não tome qualquer medicamento por conta própria.

– Procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.

É recomendado dose de reforço da vacina para os seguintes países: Anguille, Brasil e Chile.

Febre Chikungunya

Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, e refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada no leste da África, entre 1952 e 1953. A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.

Os principais sintomas da Febre Chikungunya são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer ainda dores de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado (cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas).

Para prevenir-se da Febre do Chikungunya recomenda-se o uso de roupas que protejam contra picadas de insetos, como mangas compridas, calças e sapatos fechados; e aplicação de repelente à base de DEET (N-N-Dietilmetatoluamida) nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica e entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia.

Assim como a dengue, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos pacientes.

Infelizmente ainda não existe vacina ou tratamento específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

É recomendado dose de reforço da vacina para os seguintes países: Aruba – Brasil – Dominica – Guadalupe – Guiana Francesa – Ilhas Virgens Britânicas – Martinica – Ilhas De São Martinho.

Influenza

Os vírus da influenza causam a famosa doença respiratória aguda, denominada influenza ou gripe, caracterizada clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal estar, mialgia e tosse seca. Outros sintomas como conjuntivite, dor abdominal, náusea e vômitos também são frequentes. Em crianças pequenas o quadro clínico pode simular a uma sepse. O mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Pode ocorrer miosite (inflamações musculares), com dores musculares e dificuldade de andar.

Entre as complicações que podem ocorrer destacam-se a pneumonia (viral ou bacteriana) e a síndrome de Reye, que se caracteriza pela presença de encefalopatia grave, muitas vezes em associação com o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina).

Os vírus da influenza são ortomixovírus, com três tipos antigênicos: A, B e C. O mais importante epidemiologicamente é o tipo A, capaz de provocar pandemias, seguido do tipo B, responsável por surtos localizados. O tipo C está associado com a etiologia de casos isolados ou de pequenos surtos.

Os vírus da influenza A são subclassificados com base nas características de dois antígenos, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N); havendo três subtipos de hemaglutininas (H1, H2 e H3) e duas neuraminidases (N1 e N2). A imunidade a estes antígenos (especialmente à hemaglutinina) reduz a probabilidade de infecção e diminui a gravidade da doença quando esta ocorre. A infecção contra um subtipo confere pouca ou nenhuma proteção contra os outros subtipos.

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Para prevenir-se da influenza, evite contato com pessoas doentes, lave as mãos com água e sabão ou higienize-as com álcool gel várias vezes ao dia. Caso apresente os sintomas da gripe, como febre acompanhada de tosse ou dor na garganta e dor de cabeça, procure atendimento em um serviço de saúde.

O Ministério da Saúde estabeleceu as seguintes prioridades para vacinação:

– Adultos e crianças a partir dos 6 meses de idade com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias;

– Adultos e crianças com 6 meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV-positivos;

– Pacientes submetidos a transplantes;

– Profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anteriormente.

– Pessoas de 60 anos ou mais, por ocasião das campanhas anuais.

É recomendado dose de reforço da vacina para a China.

Febre Amarela

É uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), de gravidade variável; causada pelo vírus RNA – Arbovírus do gênero Flavivirus, que ocorre na América do Sul e na África. Ela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe.

Os principais sintomas da doença são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

Até o momento não existe nada específico para o tratamento; ou seja, é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente. Este, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em uma Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.

A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Não se esqueça de que ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses de idade e é válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.

No Brasil a vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão; parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Os países com risco de transmissão da febre amarela são:

Angola – Argentina – Benin – Bolívia – Brasil – Burnika Faso – Burundi – Camarões – Chade – Colômbia – Congo – Costa do Marfim – Equador – Etiópia – Gabão – Gâmbia – Gana – Guiana – Guiana Francesa – Guiné – Guiné Equatorial – Guiné-Bissau – Libéria – Mali – Mauritânia – Níger – Nigéria – Panamá – Paraguai – Peru – Quênia – República Centro-Africana – República Democrática do Congo – Ruanda – Senegal – Serra Leoa – Sudão – Sudão do Sul – Suriname – Tobago – Togo – Uganda – Venezuela.

Países que requerem vacinação para febre amarela  dos viajantes que chegam de países com risco de transmissão da febre:

Afeganistão – África do Sul – Albânia – Anguilla – Antígua e Barbuda – Antilhas Neerlandesas – Arábia Saudita – Argélia – Austrália – Bahamas – Bahrein – Bangladesh – Barbados – Belize – Bolívia – Botsuana – Brunei – Butão – Cabo Verde – Camboja – Cazaquistão – Chade – China – Coletividade de São Bartolomeu – Coreia do Norte – Costa Rica – Djibouti – Dominica – Egito – El Salvador – Equador – Eritreia – Etiópia – Fiji – Filipinas – Gâmbia – Gana – Granada – Guadalupe – Guatemala – Guiana – Guiné – Guiné Equatorial – Honduras – Iêmen – Ilha Christmas – ilhas Pitcairn –  Ilhas Salomão – Índia – Indonésia – Irã – Iraque – Jamaica – Jordânia – Kiribati – Laos – Lesoto – Líbano – Líbia – Madagascar – Maiote – Malásia – Maláui – Maldivas – Malta – Martinica – Maurícia – Mauritânia – México – Moçambique – Montserrat – Myanmar (ou Birmânia) – Namíbia – Nauru – Nepal – Nigéria – Niue – Nova Caledónia – Omã – Papua-Nova Guiné – Paquistão – Polinésia Francesa – Quênia – Quirguistão – Reunião – Samoa – Santa  Lúcia – Santa Helena – São  Martinho – São Cristóvão e Névis – São Tomé e Príncipe – São Vicente e Granadinas – Seicheles – Senegal – Singapura – Somália – Sri lanka – Suazilândia – Sudão – Suriname – Tailândia – Tanzânia – Timor Leste – Tobago – Tunísia – Uganda – Vietnã – Wallis e Futuna – Zâmbia – Zimbaué.

Países que requerem vacinação para febre amarela de viajantes de qualquer país:

Angola – Benim – Burkina Faso – Burundi – Camarões – Congo – Costa do Marfim – Gabão – Guiana Francesa – Guiné-Bissau – Libéria – Mali – Nigéria – Paraguai – República Centro-Africana – República Democrática do Congo – Ruanda – Serra Leoa – Togo.

Países que incluem exigência de vacinação para febre amarela de viajantes que tenham transitado pelo aeroporto de um país com risco de transmissão da febre amarela:

África do Sul – Anguilla – Arábia Saudita – Argélia – Austrália – Bahamas – Bahrein – Barbados – Bolívia – Botsuana – Brunei – Butão – Cabo Verde – Camboja – China –Costa Rica – Dominica – Egito – El Salvador – Etiópia – Fiji – Filipinas; – Gâmbia – Gana – Granada – Guadalupe – Guiné Equatorial – Honduras – Ilha Christmas – Jamaica – Lesoto – Líbano – Maiote – Malásia – Maláui – Maldivas – Martinica – Maurícia – México – Myanmar (ou Birmânia) – Nova Caledónia – Omã – Paquistão – Polinésia Francesa – Quirguistão – Reunião – Samoa – São  Martinho – São Tomé e Príncipe – Seicheles – Senegal – Singapura – Sri lanka – Tailândia – Tanzânia – Tobago – Wallis e Futuna – Zâmbia.

Poliomielite

A poliomielite, comumente conhecida por paralisia infantil, é uma doença infecciosa causada pelo poliovirus. Geralmente, a poliomielite afeta crianças, grávidas e idosos, no entanto, pode surgir em indivíduos de todas as idades e condições físicas.

No Brasil a doença já está erradicada, mas em Maio de 2014 a OMS decretou uma emergência sanitária mundial da doença e, por isso, é importante manter a vacinação atualizada, sendo importante todas as crianças tomarem a vacina até aos 5 anos de idade.

A maior parte das infecções apresenta poucos ou nenhum sintoma; e estes são ainda parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe (febre e dor de garganta), infecções gastrintestinais (náusea, vômito, prisão de ventre); dor abdominal e, raramente, diarréia. Geralmente, os sintomas da poliomielite desaparecem em uma semana; porém, em alguns casos, a doença pode evoluir e afetar o sistema nervoso central, provocando paralisia total. (cerca de 1% dos infectados pelo virus).

A transmissão da poliomielite acontece com contato da boca com fezes, muco ou catarro de um indivíduo infectado; sendo que o período de incubação da doença varia de 2 a 30 dias sendo, em geral, de 7 a 12 dias. No entanto, é possível fazer a prevenção da poliomielite através da vacinação, assim como com medidas de prevenção que incluem a correta lavagem das mãos e dos alimentos.

Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através do contato da boca ou água e alimentos contaminados com com fezes (contato fecal-oral); o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

A poliomielite ainda não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada tanto através da vacinação como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação. A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 (quinze) meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.

É recomendado dose de reforço da vacina para os seguintes países: Afeganistão – Camarões – Etiópia – Guiné Equatorial – Iraque – Israel – Nigéria – Paquistão – Somália.

Cólera

Doença infectocontagiosa do intestino delgado geralmente transmitida por meio de alimento ou água contaminados. Registros mostram que o último grande surto de cólera nos Estados Unidos aconteceu em 1911. Ainda hoje, porém, ela continua presente em países da África, do sudeste asiático e em alguns países da América Central. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS); todos os anos são registrados de três a cinco milhões de novos casos da doença no mundo. Ainda segundo os dados levantados pelo órgão, cerca de 100 a 120 mil pessoas morrem anualmente por causa da cólera.

A transmissão de cólera é fecal-oral e se dá basicamente por meio de água e alimentos contaminados pelas fezes ou pela manipulação de alimentos por pessoas infectadas. A infecção pela bactéria costuma acontecer após uma pessoa consumir água; frutos do mar, frutas e legumes crus e alguns grãos contaminados, como arroz e milho, por exemplo.

Hoje em dia já existem doses de vacina disponíveis para cólera, sendo esta a forma mais eficaz de evitar a infecção. As vacinas existentes, no entanto, não são aplicadas rotineiramente na população, pois oferecem proteção relativa e de curta duração. Para se prevenir, intensifique os cuidados com higiene das mãos e segurança da água e alimentos consumidos. Para mais informações acesse o Guia para Alimentação Segura para Viajantes.

Caso apresente diarreia aquosa e desidratação até 14 dias após circular por áreas afetadas, procure um serviço de saúde e informe seu roteiro de viagem.

É recomendado dose de reforço da vacina para os seguintes países: Cuba – Gana – Guine – Haiti – México – Níger – República Democrática Do Congo – República Do Congo – República Dominicana – Serra Leoa – Sudão Do Sul – Uganda.

Vale ressaltar que a nossa Carteira de Vacinação não é considerada fora do país. Dessa forma, é necessário ir até algum Centro de Orientação do Viajante para solicitar a emissão do Certificado Internacional de Vacinação. Clique aqui para visualizar a lista completa dos Centros.


Se você é um viajante brasileiro que ainda se encontra no Brasil, veja como solicitar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia:

1. Vacinas para viajar para o exterior:

O interessado pode obter a vacina exigida gratuitamente em um posto de saúde do SUS; ou procurar os serviços de vacinação privados credenciados. Não se esqueça de que a vacina contra febre amarela deve ser tomada com antecedência de, no mínimo, 10 dias da viagem.

2. Realizar o pré-cadastro no SISPAFRA:

O interessado deve realizar um pré-cadastro neste link, clicar na opção “cadastrar novo” ou no link “cadastro”. O pré-cadastro não é obrigatório, mas agilizará o atendimento prestado para emissão do certificado.

 3. Comparecer ao estabelecimento que emitirá o CIVP:

Para a emissão do CIVP, é imprescindível a presença física do interessado uma vez que a emissão está condicionada à assinatura do viajante; conforme previsto na RDC nº 21 de 31/03/2008, inciso III do Art. 1º do Anexo II. Recomenda-se entrar em contato diretamente com o Centro de Orientação mais próximo para saber precisamente o seu horário de funcionamento.

4. Apresentar a documentação necessária para emissão do CIVP:

O interessado deve apresentar o Cartão Nacional de Vacinação e um documento de identidade original com foto.  O cartão deve estar preenchido corretamente com a data de administração; fabricante e lote da vacina, assinatura do profissional que realizou a aplicação e identificação da unidade de saúde onde ocorreu a aplicação da vacina.

Ressalta-se que crianças a partir de 9 meses já começam o esquema de vacinação. A população indígena que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade.

Criança/adolescente menor de 18 anos: Não é necessária a presença da criança ou adolescente menor de 18 (dezoito) anos; quando os pais ou responsáveis deste solicitarem a emissão do seu CIVP nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante.

Bibliografia:

http://www.anvisa.gov.br/

http://www.who.int/

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